Casa da Tuka
 

6 de nov. de 2003

Top 10 novelas 80 - parte I

Para quem acha que novela não é trash este é o texto ideal. Em 10 tópicos divididos em duas partes (a segunda parte é obra do amigo Klein) você terá certeza absoluta que novela é trash sim e que ainda por cima você também é, afinal perdeu muitas e muitas horas assistindo aos capítulos.
Vamos lá:

A gata comeu (1985)
Para começar o nome da personagem principal é Jô Penteado, vivida por Christiane Torloni - quer coisa mais trash? O enredo: A mocinha da história ficara noiva inúmeras vezes sem nunca subir ao altar. Um belo dia, seu pai empresta a lancha da família para uma excursão escolar. O responsável é o professor Fábio (Nuno Leal Maia), um brutamontes que leva seus alunos para os arredores de Angra dos Reis - Jô acaba indo junto. Para botar emoção na história, um temporal desvia a lancha para uma ilha desconhecida onde todos ficam perdidos e dados como mortos.
Ah tá: Quem é que pode acreditar que um grupo de pessoas ficaria meses preso em uma ilha nos arredores do Rio de Janeiro?
Clichezão: A mocinha mimada se apaixona pelo professor pé-rapado e ficam juntos no final.

Ti Ti Ti (1985)
A novela conta a história da rivalidade entre Ariclenes Martins (Luiz Gustavo) e André Spina (Reginaldo Faria). André é um costureiro famoso da sociedade paulista, conhecido por Jacques Leclair. Um certo dia Ariclenes decide enveredar-se pelo ramo da moda também e passa a usar o pseudônimo Victor Valentim. Ele está disposto a revolucionar a alta-costura no Brasil arrasando o concorrente.
Ah tá: Alguém da noite para o dia decide ser costureiro famoso usando modelos idealizados por uma doente mental (Cecília - Natália Thimberg). Ela vive num asilo e veste bonecas com classe e elegância. Cecília é na verdade, a mãe desaparecida de André.
Clichezão: Para apimentar a trama, os filhos dos dois rivais, Lutty (Cássio Gabus Mendes) e Walkíria (Malu Mader), se apaixonam.

Cambalacho (1986)
Andréia (Natália do Valle) planeja um crime perfeito para ficar com a herança do marido milionário vivido por Mário Lago. Ele morre vítima de uma explosão numa lancha provocada por ela. Foi nesta novela que Regina Casé interpretou Tina Pepper, uma aspirante à cantora, o papel marcou época.
Ah tá: O velho deixa toda a herança para uma filha desaparecida - Leonarda Furtado, a Naná (Fernanda Montenegro).
Clichezão: Andréia não desiste de reaver a fortuna do marido e escolhe como advogado o homem que ama, Rogério (Cláudio Marzo), marido de sua irmã Amanda (Suzana Vieira). Por sua vez, Amanda, que também é advogada, sente-se traída e se coloca à disposição de Naná para defendê-la contra todos, inclusive contra o marido e a irmã.

Brega e Chique (1987)
O rico empresário Herbert Alvaray (Jorge Dória) possui duas famílias. A mulher oficial é a socialite Rafaela (Marília Pêra), que ele chama de Alfa I. A outra é a simplória Rosemary (Glória Menezes), a Alfa II. Acontece que Herbert fale, e, para escapar da situação, planeja um golpe perfeito: simula a própria morte e foge do país. O plano, no entanto, atinge de maneiras opostas suas duas mulheres. Enquanto Rafaela, a "chique", empobrece, Rosemary, a "brega", herda uma enorme quantia em dólares.
Ah tá: Rosemary compra uma mansão e tenta adquirir hábitos de mulher rica, enquanto Rafaela é obrigada a trabalhar, cozinhando para fora. A situação se complica quando Rafaela vai morar com os filhos na mesma vila da periferia onde mora Rosemary. E no Brasil isso acontece?
Clichezão: Ao se conhecerem, as duas tornam-se amigas sem saberem que foram mulheres do mesmo homem até que ele resolve voltar tentando fazer que ela nunca desconfiem de nada.

Roque Santeiro (1985)
A história se passa em uma cidade chamada Asa Branca. Lá o coroinha Luís Roque Duarte (José Wilker), conhecido como Roque Santeiro por sua habilidade em modelar santos. Ele morre ao defender a população das mãos do bando de do bandido Navalhada logo após seu misterioso casamento com a desconhecida Porcina (Regina Duarte), uma balconista simplória e ignorante. Santificado pelo povo - que lhe atribuiu milagres -, tornou-se um mito e fez prosperar a cidade ao redor de sua história de heroísmo. Ainda, promoveu sua viúva a uma celebridade de Asa Branca. Só que Roque não está morto e volta a cidade 17 anos depois ameaçando pôr fim ao mito. O visual extravagante da viúva foi copiado pelas brasileiras que ousavam sair de casa. A novela é de 1975 e foi censurada pelo então Ministro da Justiça, Armando Falcão, que alegou "desvirtuamento dos valores éticos e morais da sociedade brasileira", por isso só foi ao ar 10 anos depois.
Ah tá: Em uma cidade pequena do interior do nordeste algum santo vai poder chegar e ficar sem ninguém perceber? Ainda mais sendo o Zé Wilker?
Clichezão: Todo mundo se dá bem. Mocinhos ficam felizes e bandidos se ferram. Para uma crítica à sociedade da época a ponto da censura cair matando, esperar 10 anos não trouxe nenhum tipo de novidade além de tudo o que o brasileiro já estava acostumado. O último capítulo de Roque Santeiro chegou a alcançar 100 pontos no Ibope, audiência pouquíssimas vezes registrada na tevê brasileira.

Postado por Tuka *

Leia antes de usar
Desde 15 de janeiro de 2002 uma jornalista nonsense escreve desembestada no blog que chama carinhosamente de sua Casa.

Aqui têm besteiras demais, coisas inúteis demais, enfim, tudo o que nem precisava ser dito, muito menos escrito.

Obviamente, qualquer semelhança com a realidade é única e exclusivamente uma opção da autora.

Assim como o direito de escrever
o que bem entender, claro!


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