Casa da Tuka
 

19 de jul. de 2005

Da série muié é bixo burro mesmo: Por que temos que querer filhos ou se não os tê-los como sabê-los?


Existem sonhos que lendariamente são incluídos no pacote quando se nasce com cromossomos sexuais XX e não XY. Veja bem, como já falamos aqui da obsessão feminina por compromisso e depois por casamento, é claro que não poderíamos deixar de lado o mais antigo dos "sonhos" femininos: o de ser mãe. Mais antigo, porque nem bem sabemos limpar a bunda sozinhas, e já brincamos de embalar bonecas.

A sociedade prega que ser mãe é fundamental na vida de uma mulher e aquelas que se questionam em gerar ou não gerar eis a questão, são vistas como párias e traidoras da natureza humana.

Veja se não tenho razão. Olhe a sua volta e liste as mulheres que você conhece que teoricamente poderiam ter pencas de filhos, mas não os têm.

1 - Tem a tia solteirona (implicam com solteirona também, mas é melhor do que ser mãe solteira, segundo as regras de quem mesmo? Ah... da sociedade).
2 - Tem a mulher casada há dois anos, ela diz que quer três, todos acham que está demorando demais.
3 - E tem a mulher do trabalho, ela diz que não quer filhos, mas todos duvidam. Ela não deve poder ter. Como alguém iria abdicar desse sonho? Dessa realização feminina?

É simples perceber o preconceito. A principio sempre se especula sobre a boa funcionalidade de seu útero, ovários e trompas. Mesmo que a mulher diga que não quer ter filhos, a primeira coisa que pensam é que a infeliz, tadinha, é seca. Não tem como parir, a natureza lhe foi cruel.

Se em segundo momento, a mulher explica que tem todos os órgãos reprodutivos em perfeitas condições e ainda assim diz a "blasfêmia" de que não pretende gerar descendentes, rapidamente todas as cotinhas dirão que ela não é uma mulher completa. Afinal, não há como ser uma mulher plena se não souber o que é ser mãe - é o que dizem as más e desocupadas línguas.

Em terceiro momento dizem que não demora para o marido a trocar, coitado, quer tanto ter filhos, vai arrumar quem realize seu desejo.

Você que é homem, experimente em uma próxima encarnação, nasça do "sexo frágil" e verá todos o perguntando quando você tiver sete anos: "Fulaninha, quantos filhos você quer ter quando crescer?". Sim, é verdade. Perguntarão também o que você quer ser quando crescer, mas isso é só pra disfarçar. Afinal, se você é mulher, pode perfeitamente ser dona de casa, ninguém irá te condenar por isso. Mas pense em fugir à regra e dizer que não quer ter filho algum. A casa cai.

Isso é tão sério que até mesmo as que refletem se têm ou não o dom da maternidade nas veias, acabam tendo dois, três filhos, apenas para "cumprir tabela", sabem disso? E lá crescem os rebentos em um lar em que a mãe gostaria de estar na balada a ter que trocar fraldas, preferia estar concorrendo a cuspe à distância, preferia estar em Tóquio, em Hogwards, sei lá.

Você é mulher! Tem obrigação de sonhar em casar e ter filhos! Não ouse! Nada de conhecer o mundo! Nada de se realizar profissionalmente! Nem pense em escrever o seu livro! Não sonhe com Santiago de Compostela! Não deseje um casamento duradouro! Não diga que sabe cozinhar! Não conte que tem cinco orgasmos! Não sorria! Não! Tenha filhos!

E as pobres XX's acabam achando realmente que devem parir para conseguirem ser completamente felizes em suas vidas. Isso é burrice, não acham?

Às que sonham e se realizam com filhos - parabéns! Às que não sabem onde arrumar instinto maternal - vivam felizes sem filhos! O livre arbítrio não é maravilhoso?

PS da autora: Antes que me perguntem pela 23456.9876543 vez: ainda estou refletindo se nasci para ser mãe, mas posso garantir que sou uma ótima tia. Perguntem ao André.

Postado por Tuka *

Leia antes de usar
Desde 15 de janeiro de 2002 uma jornalista nonsense escreve desembestada no blog que chama carinhosamente de sua Casa.

Aqui têm besteiras demais, coisas inúteis demais, enfim, tudo o que nem precisava ser dito, muito menos escrito.

Obviamente, qualquer semelhança com a realidade é única e exclusivamente uma opção da autora.

Assim como o direito de escrever
o que bem entender, claro!


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