Casa da Tuka
 

14 de jul. de 2005

Da série muié é bixo burro

(Por que queremos tanto (tanto tanto tanto tanto) casar?)


Quando somos crianças ganhamos bonecas, panelinhas, fogõezinhos e somos induzidas a brincar de casinha. Crescemos mais um pouquinho e ganhamos a Barbie - que namora o Ken - e somos induzidas a brincar de casinha. Quando temos lá, nossos 14 aninhos, já temos praticamente um doutorado no assunto e pensamos que as coisas não vão muito além disso e sonhamos desde então com o dia D.

Achamos nosso primeiro namoradinho, o segundo, o décimo oitavo e seguimos a busca do ideal... Fazemos planos de nos formarmos, nos formamos, queremos conhecer o mundo, conhecemos, queremos comprar roupas, sapatos, perfumes, compramos, queremos ser independentes, bem resolvidas, bem informadas, somos, queremos falar três ou quatro línguas diferentes, falamos, queremos tirar carta para dirigir caminhão, brevê, tiramos, queremos virar chefes e mandar em todos da empresa, mandamos.

Mas desde que o mundo é mundo: vivemos a espera de podermos, enfim, brincarmos de casinha novamente. Mas desta vez com um "Ken" mais real do que o de borracha. Com um fogãozinho seis bocas daquele cook top que é mais moderno. Com comida congelada para facilitar depois do trabalho.

Há quem diga que a explicação é biológica, que a mulher, por instinto, procura um ser que a proteja, pois precisa gerar e amamentar. Pode ser, embora existam mulheres que trabalham felizes até o momento de parir. Há quem diga que é uma questão de sobrevivência, pois a mulher precisa crescer e multiplicar. Pode ser, embora existam mulheres que optam por não serem mães. Há quem diga que é pela necessidade de ter vida sexual. Pode ser, embora a vida sexual de uma solteira seja imensamente mais agitada do que a de uma casada. Há quem diga que é por cobrança da sociedade. Pode ser, embora tudo ande uma bagunça tamanha que apontar o dedo a uma solteirona nem faz mais sentido.

Se eu soubesse a resposta para esse desespero feminino, provavelmente não estaria aqui escrevendo um blog, estaria vendendo milhões de livros de auto-ajuda e ficando milionária. Vejam, as prateleiras estão cheias de livros do gênero: Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus, Por que os Homens Fazem Sexo e As Mulheres Fazem Amor?, Guia do Casamento, Casamento dos Sonhos, Por que os Homens se Casam com Algumas Mulheres e Não com Outras?. Pois é, tem material de sobra.

Li um texto esses dias que defende a teoria de que certas mulheres possuem complexo de Cinderela: a espera de um príncipe para salvá-la. E esse complexo (ou seria uma síndrome?) é acobertado por fábulas modernas protagonizadas por ícones como Bridget Jones e Carrie Bradshaw. Uma é inglesa, modernosa, mora sozinha, bebe, tem amigos festeiros e a história só tem fim quando um advogado, o amor de sua vida, vai resgatá-la na Tailândia quando é presa por tráfico de drogas. A outra mora em Manhatan, é consumista, faz sexo casual, é jornalista bem sucedida, tem amigas maravilhosas, vai embora para Paris apaixonada por um russo e percebe logo depois que fez uma grande burrada. A história novamente só acaba, quando Mr. Big vai salvá-la das mãos do insensível. Ou seja: somos todas Pollyanas disfarçadas - será?

Fato: Passe dos 25 anos e todos querem saber o motivo de você não ter namorado e todos querem te arrumar bons partidos. Se você tem namorado, todos querem saber quando o casamento sai. O casamento saiu e todos te metralham de perguntas sobre a chegada do primeiro filho (filhos é mais um tema da série Muié é Bixo Burro). Não, definitivamente não é fácil ser mulher. Deve ser este um dos motivos de tanto querermos casar: arrumar alguém para ajudar a segurar a barra.

Bem, se sabemos que príncipes encantados não existem (vocês que lêem a Casa sabem), só pode ser por esta razão: mulheres querem casar para se dividir, somos demais para não ter com quem compartilhar!

Postado por Tuka *

Leia antes de usar
Desde 15 de janeiro de 2002 uma jornalista nonsense escreve desembestada no blog que chama carinhosamente de sua Casa.

Aqui têm besteiras demais, coisas inúteis demais, enfim, tudo o que nem precisava ser dito, muito menos escrito.

Obviamente, qualquer semelhança com a realidade é única e exclusivamente uma opção da autora.

Assim como o direito de escrever
o que bem entender, claro!


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