Casa da Tuka
 

20 de jul. de 2005

Mais do mesmo

Este texto aí abaixo é uma republicação do dia 15 de novembro de 2002. Eu estava meio brava quando o escrevi, mas gosto do resultado até hoje.

Amor perfeito nada!

Por que temos mania de achar que para que o amor exista, ele precisa ser arrebatador? Daquele amor que "sem o qual se quer morrer"? Por que pensamos que um amor só é amor se ficamos sem dormir pensando na pessoa? Se ficamos sem comer até que a pessoa ligue? Por que achamos que o amor só é válido se ouvirmos fogos de artifícios quando acontecer o beijo? Que iremos "fazer amor" e não transar? Por que o amor não pode ser amor mesmo sendo "capenga"? Por que o amor não pode ser amor mesmo quando às vezes olhamos para a cara da pessoa e pensamos: "Ai, eu quero dormir até amanhã"?

O amor também fica de saco cheio, amor também quer mandar a pessoa para a putaqueopariu de vez em quando. Quem nunca sentiu vontade de sumir e sentir saudades de quem se ama? Amor sabe esperar, sabia? Sabe sim, mesmo parecendo que não... Amor sabe morrer e nascer de novo... Amor de verdade recomeça do nada, recomeça do "não"... Amor não são só beijos, abraços e noites de sexo alucinante. Amor é aquele que não acaba mesmo quando a grana falta, quando você não está a fim de fazer caras e bocas somente para agradar - o amor supera a cara feia, o "hoje estou de chico", supera o "lava que eu enxugo", supera o "vou jogar futebol com os amigos", supera o "ser você mesmo", supera acordar com a cara amassada - o amor supera...

Amor não acaba por dúvidas bobas, mas o amor está sujeito a se confundir no meio do caminho... Quem é que não se confunde nesta vida? O amor às vezes parece não ser o suficiente para continuar, e aí é que pode provar que vale a pena, é aí que ele pode tomar embalo e recomeçar de novo - mais forte e maior ainda do que jamais foi...

O amor não são apenas passeios ao sol - não! Amar é correr na tempestade, sentir medo e ainda assim querer proteger... Amar é poder ficar em silêncio - o silêncio é a maior das intimidades - o silêncio fala! O amor entende o silêncio...

O amor, mesmo não sendo como lemos nas belas poesias de Neruda ou Drummond, pode ser simples e ser puro. Pode ser amigo e pode ser pra sempre. O amor não precisa ser perfeito, e nem existe o amor perfeito. Já disseram que "amar não é que ter sempre certeza" - disso sim eu tenho certeza! O amor titubeia, sofre, chega "quase" no fim e revigora...

O que quero do amor? Amar sem sonhar com o impossível, com o inatingível. Quero poder ter o direito de sentir medo e quero poder saber amar de novo quando o amor quiser fugir. Quero poder amar a mesma pessoa quantas vezes for necessário para que dure pra sempre: ou que seja eterno enquanto dure (citando aqui o poeta que tanto gostava de amar, Vinícius). O amor que quero pra mim não é perfeito: tem mal hálito de manhã, mal humor, tem dúvidas (às vezes vai achar que não é tanto), quer atenção, chora, sofre, faz dramas...

Nada é perfeito! Meu amor não quer ser "quase" amor... Não quer "quase" dar certo, não quer virar lamento nem dor... O amor que quero pra mim é apenas o amor de amar e ser amada sem que na primeira dificuldade se pense que nada mais vale à pena... O amor que quero quer ser pleno em todas as horas...

O amor que quero quer ser mais que rimas de palavras bonitas, quer se sentir à vontade até mesmo para gritar e dizer "Hoje não quero estar perto de você" - por que sabe que nem isso vai fazer com que ele acabe. O amor que quero quer saber respeitar a distância e ser forte mesmo não estando perto de quem se ama.

O amor não é perfeito, não quero um amor que tente ser perfeito. Quero um amor que não só escute mas que fale, que não só fale mas que também pense, que não só diga que ama, mas que prove seu amor... Quero um amor que saiba acabar e recomeçar todos os dias... Hoje ainda maior do que foi ontem... Acho que superei os poetas com seus devaneios...

Postado por Tuka *
Comments:
oi amei seu texto.. pena q num consigo copiar!!!!!!! eu asmei mesmo....entra no meu blog.. será q vc poderia me mandar ? obrigada!!
www.digitalangel.weblogger.com.br
 
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Desde 15 de janeiro de 2002 uma jornalista nonsense escreve desembestada no blog que chama carinhosamente de sua Casa.

Aqui têm besteiras demais, coisas inúteis demais, enfim, tudo o que nem precisava ser dito, muito menos escrito.

Obviamente, qualquer semelhança com a realidade é única e exclusivamente uma opção da autora.

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