Casa da Tuka
 

11 de ago. de 2005

Da série muié é bixo burro: Por que sempre o queremos de volta apesar de tudo?

Cena 1 - O safado pintava e bordava. Chegava tarde toda noite. Dizia que ligava e não ligava. Olhava pra bunda de toda mulher que passava. E um belo dia a trocou por outra. Justo por aquela colega de trabalho que ele falava que era uma baranga. Você sempre desconfiou que havia algo estranho com ele e a tal, mas deixava sempre pra lá.

Seis meses se passaram e você continua com os olhos fundos, cheios de olheiras imensas. Chorou todo o estoque de lágrimas. Suas amigas não sabem mais o que dizer para te consolar. "Mulher do céu, o cara não presta, esquece", "Bola pra frente, você arranja coisa melhor". E você? Decidida que o quer de volta. Tem certeza que ele vai se arrepender e correr para os seus braços pedindo perdão.

Cena 2 - Namoraram 10 anos. Dez anos! Você esteve ao lado dele durante o colegial, cursinho, a faculdade e o primeiro emprego. Resolveram morar juntos. Você batalhou para ajudar com as contas. Esteve a seu lado nos mais diversos momentos: difíceis e bons. Fizeram planos, tiveram briguinhas bobas, superaram. Ele dizia que te amava, você também. Tudo seguindo bem.

Na terça-feira de manhã ele disse que te amava e foi trabalhar. De noite, quando chegaram em casa, você o beijou e perguntou como foi o dia. Ele abaixou os olhos e te contou que está ficando com uma outra mulher e que vai embora. Os dez anos de dedicação? Descarga abaixo.

Mesmo assim todos os seus sonhos se resumiram agora em fazer com que o ingrato filho da puta volte. Não adianta o que mais aconteça a seu redor. Tudo o que você quer é que os amigos em comum lhe digam como ele, o seu amado, anda com o olhar perdido, dando claros sinais de que sabe que fez uma péssima troca. E também claro, como a tal fulana é. Se for bonita - é burra como uma porta e vagabunda. Se for feia - bem feito, você é linda! Se for baixinha - anã desgraçada e ladra de homem. Se for alta - girafa dos infernos.

Parece que não se lembra que quem fez a escolha foi ele.

Cena 3 - Amor lindo. Sexo divino. Cumplicidade total. Tampa e panela. Nem parecia que tinha passado um ano desde que se conheceram naquela manifestação pela preservação dos cavalos marinho-alado de Tupaikalotuuik. Leram Nietzsche e Harry Potter juntos, foram macrobióticos, protestaram pela libertação de Michael Jackson.

Na dia da lua azul no calendário sino-lunar, ele chegou em casa diferente. Você percebeu logo de cara, pois ele não estava usando a figa lilás que você deu de presente. Apenas alguns segundos depois ele começou a dizer que não poderiam mais ficar juntos, pois recebera um sinal de que deveria abdicar aos prazeres da carne e do amor.

Depois você descobre que o sinal que ele recebeu foi de uma loira aguada que você sempre odiou. Você chorou por longas passagens de marte por júpiter. Fez mantras. Chamou os amigos Hare Krishna para dançarem a seu redor. Tudo para que ele voltasse pra você.


Prólogo - Essas três cenas aí são ficção. Mas como todos sabemos, a arte é que imita a vida, então sabemos que coisas do gênero acontecem. Mas por que? Porque será que as mulheres se submetem a isso? Ok, você podem dizer que existe muito homem que faz o mesmo. Mas garanto: eles são mais dignos. E vocês podem me dizer também que existe muita mulher que não faz isso, mas a maioria sofre e pena quieta, o que também é uma droga.

Nós mulheres, parecemos crianças desprotegidas quando nos vemos diante de um fim que não queremos. Nos desesperamos, pedimos por favor, imploramos, damos escândalos, insistimos. Por fim, quando temos certeza de que nada voltará a ser como antes, que o fulano sim está decidido a seguir sem nós, prometemos que nunca nos entregaremos de cabeça novamente.

Burrice? Não, definitivamente não, apenas falta de consciência de que pode continuar sozinha e ser mais feliz ainda. Falta de forças para sair do buraco o quanto antes. Falta de foco de que a vida continua. Falta de vergonha na cara um tanto também, já que depois que tudo passar você não se conformará de tamanha humilhação a qual se permitiu.

Epílogo - A fila anda, meninas. Chamem o próximo e sejam felizes que a vida passa rápido demais para tanto lamento.

Postado por Tuka *

Leia antes de usar
Desde 15 de janeiro de 2002 uma jornalista nonsense escreve desembestada no blog que chama carinhosamente de sua Casa.

Aqui têm besteiras demais, coisas inúteis demais, enfim, tudo o que nem precisava ser dito, muito menos escrito.

Obviamente, qualquer semelhança com a realidade é única e exclusivamente uma opção da autora.

Assim como o direito de escrever
o que bem entender, claro!


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