Casa da Tuka
 

16 de ago. de 2005

O último romântico

Tem tanta coisa errada acontecendo na nossa política. Ou melhor, tem tanta coisa errada sendo descoberta na nossa política que o povo brasileiro não se choca mais. Mas achar que isso tudo é novidade e que o governo FHC não fez o mesmo é muita ingenuidade. A diferença é que FHC e seu aliados tinham anos de experiência no poder (lê-se roubalheira), por isso sabiam milimetricamente todas as táticas de esconder a sujeira debaixo do tapete. Por isso nada apareceu na época.

Já o PT é um pobre coitado. Que nunca comeu melado e quando soube o que era se lambuzou inteiro e não lavou as mãos direito, deixando rastros para quem quisesse se voltar contra eles.

Não gosto de falar de política. Porque assuntos como esse sempre são controversos e tem "n" pontos de vista, "n" teorias, "n" flanflanflans. Mas não tem como deixar passar em branco o que aconteceu no último final de semana.

Em meio a todo o rebuliço na política nacional - lê-se lambança - a morte de Miguel Arraes, presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro neste sábado (13 de agosto) aos 88 anos, comoveu multidões. Milhares de pessoas ficaram horas em uma fila para dar o último adeus ao deputado cearense que foi governador de Recife por três vezes. Controverso não? Coisas de Brasil.

De um lado Marcos Valério, Waldemar da Costa Neto, Zé "Desceu", Delúbio Soares e afins e o povo lamentando mais uma decepção... De outro, Miguel Arraes, ícone da esquerda brasileira, deposto pelo governo militar, exilado na Argélia e o povo lamentando a perda de um exemplo, foram mais de 10 mil em seu velório. Dizem os entendidos que com ele encerra-se uma era e que as ideologias foram de vez por terra.

Coisas assim me deixam um tanto atônita. Eu sou boba, sabem? Ideologista, sonhadora, acredito em dias melhores, votei no Lula confiando em mudanças, não agüentava mais a tucanada pintando e bordando. Fui criada por pai e mãe politizados, militantes, filiados, tão sonhadores quanto eu. Me ensinaram a questionar, a não ir com a multidão, a não apedrejar apenas porque todos apedrejam e nem a amar porque todos amam. Fui a entender antes de meter o bedelho. Sou esquerda, mas não sou do contra (nem sempre).

Acontece que agora não sei nada. E parece que muita gente além de mim também está na mesma situação. E quando se decreta que o último político realmente ético já está a sete palmos, pessoas como eu ficam um tanto sem chão.

"Minha vida todo mundo pode saber, pois nunca gostei de dinheiro pra ter muito dinheiro. Gosto de dinheiro pra gastar. Pra gastar, todo mundo gosta. Mas, pra ter dinheiro... Dinheiro é uma coisa perigosa. Na mão de uma homem público é um desastre". Miguel Arraes - (1998)


Postado por Tuka *

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Desde 15 de janeiro de 2002 uma jornalista nonsense escreve desembestada no blog que chama carinhosamente de sua Casa.

Aqui têm besteiras demais, coisas inúteis demais, enfim, tudo o que nem precisava ser dito, muito menos escrito.

Obviamente, qualquer semelhança com a realidade é única e exclusivamente uma opção da autora.

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