Assistindo mais uma vez a um episódio da última temporada de Sex and the City, compartilhei com Carrie a dor do pé na bunda – afinal quem nunca levou um? Não adianta negar que não acreditarei, todo mundo já levou um revés de um namorado(a), caso, flerte ou afins.
Em “The Post-it Always Sticks Twice” a pobre protagonista se indigna (e com muita razão) ao fato do tal Berger ter terminado com ela por um post-it colado em seu notebook:
“I’m sorry, i can’t, don’t hate me”. Aí Miranda a olha e diz que certa vez levou um fora através do porteiro do homem com quem estava saindo:
“Desculpe, senhorita Hobbes, fulano de tal não descerá, nunca mais”.

Tive crise de riso com o caso da Miranda, pois me lembrou de um namorado. Liguei em um belo dia e ele disse que não iria me ver porque estava muito sol.
Você não vem hoje porque está sol, mas também não viria se estivesse chovendo? Você pretende vir ainda algum dia? E ele, sucinto:
Não, Tu, não pretendo ir nunca mais.
Hoje eu rio, mas juro que na época doeu. E doeu muito. Namoramos por 10 meses e ele termina me dizendo isso? Fiquei tão brava que naquela noite saí e dancei (pela primeira e última vez – uma pena) em cima de uma mesa de bilhar (nota mental: para completar minhas cenas novelescas ainda tenho que quebrar um copo na parede, bater na cara de alguém, e dizer: “me esquece, vá plantar batatas” e mais algumas coisinhas).
Teve também um tal de Guto, Gutemberg (quem normal se chama Gutemberg??). No ginásio estudávamos na mesma escola, e me apaixonei. Rolava a maior das paqueras todos os dias no intervalo. Uma vez ele até me pagou uma coxinha na cantina. Nunca chegamos a dar um beijo sequer quando ele me mandou um bilhete: Tuca (burro, tinha cansado de dizer que era com k), cansei de enrolação, vou ficar com a Thaís que sei que deixa até pegar nos peitos”. Mas só para me vingar “perdi” o tal bilhete - e não é que fizeram cópias e colaram em tudo quanto foi parede do colégio??? Bem, não preciso dizer que o Guto nunca conseguiu pegar nos peitos da tal moça, né?
Uma amiga minha, e isso não é ficção, foi chutada, durante o enterro de sua mãe. O que pensar de uma pessoa que termina um namoro de 1 ano assim? Jogamos tanta praga no filho da puta que pelo que soubemos ele nunca mais conseguiu arrumar ninguém.
Teve outra que já estava até fazendo planos de casamento, quando acordou uma manhã e bem ao lado da camisinha que foi usada pelo dito cujo na noite anterior havia um bilhete: “Não te suporto mais, vou buscar a felicidade, tchau”.
Eu já dei o pé algumas vezes, mas se for contabilizar, creio que realmente mais entrei com a bunda do que com o pé. Términos são sempre complicados, mas existem alguns que se tornam lendários e lá na frente viram motivo ou de analista, ou de piada, ou letra de música, ou de um post como esse.
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E como diriam os infames de plantão: Porque até pé na bunda ajuda a gente a ir em frente (ou para frente ao menos)
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