Antes de sairmos fui escalada para escrever um bilhetinho que seria colocado dentro do presente de quem ele tirara na brincadeira. Era um amigo secreto entre bloggers e o presente deveria ter alguma relação com o nome do blog da pessoa sorteada ou com algum de seus posts. Ele havia tirado uma pessoa de quem eu nunca ouvira falar, de um blog que jamais lera, mas ainda assim achei estranho quando notei que o presente que ele entregaria nada mais era do que um monte de caixas, uma dentro da outra e todas vazias, exceto pelo bilhetinho que eu havia escrito.
No caminho, de carona com uma amiga, nos perdemos. Impossível sair do ABC e chegar a São Paulo sem se perder. Ainda pior parecia ser encontrar o retorno na Nove de Julho para chegar ao lugar.
Que merda, eu pensava.
Que merda eu estou fazendo aqui? Andamos, viramos, entramos na rua errada, retornamos... Lá pelas tantas, quando finalmente decidimos que voltaríamos para casa, achamos umas almas caridosas que nos ensinaram o caminho. Chegamos lá quase às duas da manhã. Eu, com meu mau humor peculiar ainda mais aflorado, mas naquela altura já conformada, tanto com a festa quanto com o namorado, que durante todo o trajeto me fez uma lavagem cerebral para não deixá-lo. Eu disse
ok, vamos ver até onde conseguimos levar.
Parênteses: Ele ficou feliz, eu não. Eu queria estar bem longe dali com outra pessoa. Mas não estava e apenas pensava que seria pelo menos sensato tentar amar aquele que me amava. Ah, essas teorias...