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Saddam Hussein se foi no sábado dia 30 de dezembro da maneira mais absurda possível e não conheço ninguém que ache que isso tenha sido um grande feito - pode ser porque na verdade eu só conheça pessoas sensatas.
Eu aqui na minha ingenuidade quase polianesca em relação a este assunto, confesso que acreditei que a sentença seria modificada até a data da execução. Não sei mesmo porque, mas cheguei até a imaginar que a ONU, os Direitos Humanos, o Greenpeace, o Papai Noel, enfim, alguém ou alguma coisa interviria e diria algo como: “Alô-oooooou! Estamos em 2006, quase 2007! Faz favor de colocar o homem numa prisão perpétua? Forca é coisa da idade média, minha gente!” (se bem que no Japão quase 50 pessoas foram condenadas à forca em 2006).
Apesar de ter ficado bastante triste por constatar que a justiça pode ser vista de maneira tão maculada por alguns a ponto de acharem realmente que a forca foi uma solução acertada, não ouso contestar que o homem, em seus 69 anos foi mesmo um filho da puta. Ainda assim não acredito mesmo que o cadafalso era o merecido. Se eu fosse a responsável pela condenação o colocaria preso pelo resto de seus dias servindo a curdos e xiitas. Seria divertido por mais sádico que possa parecer e com certeza ele preferiria à forca.
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Óbvio que as imagens do enforcamento já estão no Youtube. Não aquelas divulgadas pelo governo que não têm som e mostram apenas a colocação do laço no pescoço de Saddam. Essas imagens “clandestinas” mostram, além de uma troca de insultos, o momento em que o cadafalso se abre, deixando o ex-presidente pendurado com o pescoço quebrado. Isso deixou indignados não apenas os árabes sunitas, já irritados com o fato de o governo dominado por xiitas ter matado o ex-ditador num feriado religioso, mas também árabes xiitas e curdos, que demonstraram desgosto com a falta de respeito durante execução.
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A morte de Saddan ainda dará muuuuuuito pano pra manga, podem anotar aí.