Essa vida é esquisita mesmo. A maioria absoluta das mulheres que eu conheço (até posso chamar algumas de amigas) começou a beijar na boca quando ainda era época de brincar de bonecas, e, seguindo o ritmo “natural” das coisas, começou a transar com a idade que poderia estar apenas nos beijos na boca. Daí veio a gravidez no auge da adolescência e em seguida o casamento. Agora, depois de tanta cabeçada estão solteiras novamente e com filhos pequenos ou nem tanto.
Quando eu estava solteira todas estavam casadas. Agora eu estou casada, todas se divorciaram e querem desesperadamente entrar em novos relacionamentos na idade em que poderiam estar simplesmente começando do zero. Eu, se já não as acompanhava antes...
Há uns dez anos me falavam de fraldas e maridos enquanto eu estava na faculdade e queria namorar e ir para baladas. Agora me falam de baladas, paqueras e preço do colégio dos filhos semi-adolescentes enquanto eu falo do marido, utensílios domésticos, trabalho e minha preparação psicológica para a idéia de ter filhos um dia.
E confesso que tenho preguiça... Sério. Me chamem de péssima amiga se for o caso, mas é real: tenho preguiça de ouvir papinho adolescente de trintonas ou semi-trintonas que adiantaram todas as etapas da vida e agora querem regredir. Realmente me dá sono.
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