Domingo dei um pulinho na Fnac e enquanto maridon e
ela passeavam pelos eletrônicos, comprei os dois novos CDs da Marisa Monte. Não sou crítica musical, nem tenho intimidade para escrever sobre tal com a desenvoltura de outros assuntos, mas que se dane, o blog é meu e vou escrever como fã de música apenas, nada mais.
Pois bem, Marisa está de volta depois de seis anos sem nenhum trabalho solo e com dois discos de uma vez: “Infinito particular", com um repertório pop e "Universo ao meu redor", que traz o samba da Velha Guarda da Portela e também músicas inéditas. Os discos tiveram produção digna de popstar e foram lançados simultaneamente no dia 10 de março em seis países: Brasil, Espanha, México, Colômbia, Chile e Argentina - em abril, ele chega a vários países da Europa e em agosto aos Estados Unidos.
Mas eis que Marisa não me surpreende mais desde Barulhinho Bom (1996). Os novos trabalhos têm músicas extremamente bonitas, o vocal é o afinado e agradável de sempre, mas tudo é absolutamente igual. Não sei se essa é exatamente a intenção de um artista consagrado, fazer com que o público o reconheça sempre, mesmo pagando o preço da mesmice. Ou se o que ouvimos é realmente sua impressão digital e o que ele mostra é o que é.
Mas que seja, isso talvez tenha sim seu lado bom, ainda que o comercial para a indústria fonográfica. Sabem aquela coisa do diferente, mas igual? É isso. Marisa está assim. Tanto que quase é possível cantar uma letra de alguma canção antiga em cima da melodia de algumas músicas dos discos novos. Igual.
Eu, que com as facilidades e rapidez da Internet, não compro CD de artista algum, me recusei a interromper minha coleção de CDs da cantora. Mas confesso que, embora ainda vá escutar minhas novas aquisições por um bom tempo, parei definitivamente com as compras dos lançamentos de Marisa por aqui. Pois ela continua a mesma. Isso pode ser bom para alguns, mas para pessoas que gostam de novidade e de serem surpreendidas é um pouco tedioso demais.
A turnê dos dois discos começa em Curitiba no final de abril e segue para São Paulo em maio. Em julho vai ao Rio, em setembro para a Europa e em novembro, aos Estados Unidos.
(Nota da autora: ela definitivamente é a pessoa mais chata que já entrevistei. Mas na Época ela até que está bem simpática para a divulgação dos CDs novos. Clique
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