O filme realmente é bom. Muito válido para se conhecer um pouco mais da história. Principalmente para que as pessoas parem, pelo menos um pouco, de achar que todos os alemães foram responsáveis pelas atrocidades cometidas durante a guerra de Hitler.
A história de Sophie Scholl não é tão diferente da de milhares de pessoas que desapareceram na ditadura brasileira, e que também morreram lutando por seus ideais.
Ela não era criminosa e nada fez além de tentar mostrar às pessoas que o que estava acontecendo era errado, que a guerra mais cedo ou mais tarde acabaria e que o mundo apontaria os dedos para a Alemanha condenado-a por seus crimes. Ela não foi uma profeta, não foi visionária, ela foi apenas uma pessoa que pensou sem que seus olhos e mente estivessem envoltos, quis lutar pelo o que acreditava.
É incrível, toda vez que eu assisto a um filme que retrata o nazismo eu tenho uma leve e estranha impressão de que os alemães simpatizantes do nacional socialismo agiam segundo aquela fábula do fim do mundo. Aquela em que as pessoas fazem as maiores barbaridades porque o mundo está prestes a ir para as cucuias. Só que eis que nada acontece e todos ficam com cara de bunda depois, sem nada que justifique os absurdos que cometeram.
No caso dos nazistas, eles não contavam com o fim do mundo, óbvio, mas com a vitória na guerra. Afinal, como não ficar ao lado do Führer, aquele que prometera elevar a Alemanha e transformá-la em uma potência? Acabou que o resultado não foi o esperado e até hoje, e acredito que eternamente, a Alemanha mantém a mácula do nazismo.
E não adianta pedir desculpas, não adianta construir placas em homenagem aos que lutaram contra, como Sophie, de nada adianta e nada faz voltar o tempo.