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Passeando pelos blogs fui parar neste
aqui onde me deparei com um texto chamado “Quando o príncipe bate cartão e a princesa usa crachá” que achei fenomenal. Um título que resume em poucas palavras o conto de fadas moderno e realista dos dias de hoje. E que bom, não? Realmente príncipe que chega em cavalo branco desembainhando espada e princesa esperando ser salva, não dá mais. As contas precisam ser pagas, afinal.
Que nesta Casa, amor, desamor, trapalhadas pela vida afora e tanta coisa mais são temas freqüentes, todos já sabem, Mas que teriam tantas historinhas metafóricas envolvendo seres imaginários e gente de carne e osso, só agora eu me dei conta, mas que seja. Vamos a mais um post sobre príncipes, princesas ou algo que os valha.
Motivado pelo tal texto e pela conversa com esse moço querido
aqui fiquei a devanear a respeito das expectativas das pessoas em relação a um grande amor nos dias de hoje. Os homens não querem mais uma Amélia, mas mesmo assim, mulheres, tirem o cavalinho da chuva se acham que jamais lavarão sequer um copo e nem farão comida. As mulheres não esperam mais serem sustentadas, mas mesmo assim, homens, não contem com a possibilidade de não ajudarem com as despesas dentro de casa.
O conceito de amor mudou, mas muita coisa permanece tal e qual sempre foi. Se espera que alguém digno de nosso amor seja fiel, romântico, bom de cama, batalhador, honesto, entre várias outras coisas mais singelas e outras nem tanto. O que vier a mais é lucro, certo? Tá, certo.
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Eu disse a
ele que no dia em que começarem a bater na porta falando: “Oi, é daqui que pediram um grande amor?” o mundo acaba. Mas que deveras seria muito bacana, isso seria. Certamente, meu amigo e muitas outras pessoas terão que ir a luta, pois além de príncipes e princesas não existirem (ou terem sidos reinventados) todos temos expectativas em relação ao amor. Há de se tornar a vida interessante – ninguém quer um quadro. Há de se ter motivos para viver muitas histórias, ou apenas leríamos bons livros. Há de se fazer por merecer nessa vida.
E realmente o conceito do “e foram felizes para sempre” atualmente, e cada vez mais, recebe a máxima de Vinícius do “que seja eterno enquanto dure”. E a maioria das pessoas pode achar nada romântico, mas eu acho que tem lá sim o seu valor. Afinal, quer coisa melhor do que estar ao lado de alguém exatamente pelo período em que os dois estiverem felizes? É o que eu acho, assim como não acredito que exista algo que seja realmente eterno.
E gritam os leitores aí desse lado: “Mas Tukaaaaaaaaaaa! Você é casada!”. Sim, caros, sou e muito bem casada, aliás. Mas não me disponho em uma prisão, mesmo que imaginária, onde é imprescindível que eu e meu marido estejamos juntos até o fim da vida caso não queiramos mais um dia. No meu conto de “fodas” o amor pelo outro pode até acabar, o que não admito é que não termine com “e ela foi feliz para sempre - mesmo sozinha”.