(Se quiser entender você precisará começar pelo capítulo 1)
Amor à primeira vista em tempos modernos? Ou a maneira como o feitiço vira contra o feiticeiro. Ou quem ri por último no caso Chapolin...Desliguei o telefone totalmente apaixonada. Verdade. E parecia mentira o que acabara de acontecer, como até hoje parece, e tanto pensar como falar sobre isso assim desta forma soava naquele momento tão surreal, mas realmente desliguei o telefone totalmente apaixonada. Óbvio que não faz sentido escrever aqui o que foi dito entre nós e não o farei, mas confiem em mim quando eu digo que aquilo que aconteceu é coisa de uma vez apenas na vida - e olhe lá.
E se eu já estava encrencada namorando um moço que eu não queria e com esperanças de voltar para um ex, consegui piorar: agora eu tinha me apaixonado por uma pessoa que tinha namorada.
Viva eu!O bom é que minha paixão era recíproca – aliás, para ele, segundo o próprio, fora um caso de amor à primeira vista:
Te amei, desde o momento em que te vi e foi muito antes do tonto do seu namorado me apresentar você como uma amiga qualquer. E quando ele disse isso caí na risada. E não pela frase toda, apenas por causa do “amor à primeira vista” que até aquele instante achava que existia apenas em filmes.
Parênteses: Por falar em algo engraçado, ou ao menos curioso, foi a maneira como ele descreveu o instante em que me avistara naquela festa. Estava com a namorada quando ela o cutucou para olhar para uma figura sentada no saguão do hotel. A figura era eu. Segundo ele, as palavras dela foram algo como: olha lá aquela menina esquisita com um a roupa que parece a do Chapolin! E deu risada. Só que ela não notou que ele nunca mais deixou de me olhar. Sem querer ela foi a responsável por tudo. Isso foi ele quem disse também.
Parênteses de novo: Eu estava vestida com uma blusa vermelha até bem bonitinha (essa aí da foto), nada tinha a ver com a roupa daquele ridículo personagem mexicano. Também usava uma mini saia preta e nos cabelos tinha umas fivelas de florzinhas. Estava magra demais, com olheiras demais e minha cara era a de “falta-muito-papai-smurf?”. Tá, admito que não estava lá muito linda (confirmem com a foto ao lado), mas daí a ser motivo de risada, não né? Guria, idiota, ô!