Sim,
ela se desculpou comigo. De um jeito que confesso, fui surpreendida. Muitos, como ela mesma disse, na mesma situação simplesmente me bloqueariam no Messenger e deletariam o blog em seguida (ela apagou o blog depois).
Nos falamos por telefone, me pediu desculpas e admitiu o erro, isso é raro em um ser humano, ainda mais em uma pessoa tão jovem quanto ela que, como todos os jovens, poderia achar simplesmente que é a dona da verdade sempre. Mas não.
Fui magoada, me senti roubada e traída e fiz aquilo que qualquer pessoa que valoriza e confia no seu trabalho faria: o defendi com unhas e dentes, sim! Afinal de contas, não é só porque eu me vejo em determinada música, livro, poesia ou crônica que isso me dá o direito de fazer de conta que é de minha autoria. Separemos bem o verbo admirar do verbo usurpar.
Se identifica? Gostou tanto de algo que eu escrevi que quer copiar pra você? Fico lisonjeada, de coração. Mas tenha bom senso, humildade e decência e coloque o nome do autor. É Justo. Agora respondendo ao comentário da Dinha no post abaixo que disse entre outras coisas “
Ao meu ver, vc deveria saber q tds os textos,versos, poemas e outros do gênero, estão livres p/ serem copiados”. Concordo! Eu vivo copiando aqui textos de escritores e escritoras que admiro, mas não fantasio que são meus. Isso é abominável. Ninguém tem esse direito. Fingir ser o que não é, fazer com que as pessoas o admirem as custas dos méritos de outros... Mas se você acha isso realmente, gostaria de saber quantos textos em seus blog são realmente seus. E quanto ao fato de eu não ter agido com razão – bem, eu não me apropriei indevidamente de nada, cara. E você acertou de novo: este espaço é meu e falo o que bem entender.
Eu e a Bruna já conversamos, e sim, ela sabe que a mancada foi grande. Nem por isso creio que ela não seja digna de recuperar minha confiança, pois o que mais me machucou foi exatamente o fato de uma pessoa que eu gosto tanto ter feito uma coisa dessas, não foi um estranho, não foi um qualquer. Ela me conhece e sabe que esse limite jamais poderia ter sido ultrapassado. E sabe tanto que falou que tinha certeza que cedo ou tarde eu acabaria descobrindo - e sempre se culpava por estar fazendo tal coisa. Mas era tarde demais para desfazer a imagem que tinha construído com seus leitores e namorado. Afinal, eles acreditaram que os textos fossem dela.
Eu não sou intransigente a ponto de não ter feito um grande esforço para tentar entendê-la. O Fiz. Não sou uma pessoa má, não sou uma pessoa que não tolera erros, não sou uma pessoa que não perdoa. E sou assim, por mais absurdo que isso possa parecer, já que através de minhas palavras vivo dizendo o que penso doa a quem doer. Mas também vivo tirando sarro de mim mesma e dando minha própria cara a tapa, sem medo. Publico comentários irados de anônimos e pessoas como a Dinha (que tem minha admiração por dizer o que pensa sem se esconder) e respondo – na maioria das vezes nos tornamos amigos, percebendo e respeitando os nossos diferentes pontos de vista. Pois isso aqui é um blog, levado a sério por esta que o escreve, mas que não tem pretensões de decretar verdades absolutas e incontestáveis, apenas idéias, irônicas ou não, da forma que vê o mundo e as pessoas.
E Bruna, não vou apagar o post abaixo agora - apesar de não me ter pedido isso. Mas o farei um dia sim, quando me sentir a vontade para tal coisa.